Setembro é sinónimo de regresso ao trabalho para muitos,
mas, no meu caso, costuma ser o mês eleito para férias. Ainda está calor, os
dias são suficientemente longos para muitas horas de praia, os preços dos
alojamento e viagens são económicos e, sobretudo, há muito menos confusão (e
filas) do que em Agosto. Por isso, há já vários anos que, quando chega
Setembro, chegam também as férias.
Costumo eleger um destino de praia em Portugal, mas este ano,
só para variar, fomos para Andaluzia. Matalascañas foi o destino escolhido e,
digamos, a escolha poderia ter sido bem melhor. Basicamente, quando saímos pela
primeira vez do hotel, fomos dar um passeio de carro para perceber onde era o
centro e quais os sítios para “salir de fiesta”. Mas não encontramos pessoas nas
ruas, e os poucos bares que estavam abertos também não tinham vivalma. Tudo
fechado! Parecia uma cidade fantasma. Regressamos ao hotel e o nosso espanto
foi bem grande quando vimos que estava a abarrotar. Quase nem uma cadeirinha
para sentar na esplanada! Chegamos à conclusão que os hóspedes preferem ficar
nos hotéis, em vez de sair. Compreendo perfeitamente, até porque, depois desta
primeira noite, também nós ficamos no hotel a participar nos jogos de perguntas
e respostas e a assistir aos outros turistas a fazer “figurinhas”. Nunca pensei
que fosse dizer isto, mas desejei, pela primeira vez, que houvesse mais gente e
mais confusão.
É uma boa experiência para quem quer descansar, para idosos
(reparámos depois que eram a maioria dos hóspedes do nosso hotel e que muitos não
iam à praia, nem à piscina, passavam o dia na esplanada da cafetaria) e
sobretudo para quem goste de férias mesmo calmas. As praias são a perder de
vista e, embora não me tenham parecido muito limpas, têm bandeira azul. Da
minha parte não pretendo repetir a experiência. No próximo ano marco férias no Algarve
em Agosto: é a única maneira de sentir saudades de Matalascañas. Coitadas das
Cañas!!