domingo, 31 de julho de 2016

O arranque

Este arranque não está fácil... Afinal já passou quase um mês e o que aconteceu? Nada! Este blogue continua vazio, apenas dois textos. Sinto que a minha imaginação regrediu depois de tanto tempo sem escrever. As palavras falham-me, as ideias parece que se perdem. Costumava escrever tantas vezes, era uma necessidade. Escrevia porque sim, só porque me apetecia ou para não ficar calada de palavras. Agora nem sei... O meu cérebro deve ter fugido para outro país. Não o critíco, mas preciso dele. É estranho... se me contam uma história num dia, na semana seguinte não sou capaz de reproduzi-la. Não sei se é doença, se é falta de treino.
Nos últimos anos, a vida profissional empurrou-me para trabalhos em que devo pensar o mínimo possível e seguir as regras. Sei que não há como fugir disso, mas preciso de ter as minhas ideias de volta. Preciso de pôr a cabeça a funcionar. Deixar sair tudo, bem ou mal. As ideias boas para um lado, as más para outro. Mas deixá-las sair.
Aproxima-se uma nova etapa na minha vida: voltar a estudar. Assusto-me. Não sei se ainda consigo raciocinar, se consigo aprender coisas novas. Mas quero tentar. Tal como neste blogue, quero tentar porque sei que sou capaz, que estou apenas enferrujada. Tudo o que quiser, se me empenhar, se depender de mim, posso conseguir tudo.
E é isto que eu escrevo. Porque a vida é curta e porque quero ainda aprender muito e fazer muito mais do que aquilo que faço agora e tenho medo que o tempo se esgote sem ter feito nada. Sei que é possível, só é preciso haver um começo. Depois, uma coisa leva a outra. Depois, é só colocar um pé à frente do outro. Um passo de cada vez. E desses passos fazer o caminho. Fazer o meu caminho. É difícil, mas eu acredito... E de repente sinto-me novamente com 18 anos a escrever textos de amor a rapazes desconhecidos. Tem graça a vida. É que, realmente, quando se começa não dá vontade de parar. Sinto a cabeça a divagar e não bebi nada. Eu sei que consigo. Afinal, o que custa mais é começar.

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